Mesmo sem data definida para o início da adoção obrigatória
do e-social, Departamentos de RH precisam começar a se preparar para a
implantação do sistema de coleta e envio de informações trabalhistas,
previdenciárias e fiscais desenvolvido pelo governo federal como parte do
Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). A partir da divulgação da data
de implementação compulsória pelo Governo, as empresas com mais de R$ 3,6
milhões de faturamento anual terão seis meses para começar a inserir as
informações pedidas e mais seis meses até a obrigatoriedade.
Trata-se de um sistema que cria um ambiente virtual em que
ficarão disponíveis on-line para diferentes órgãos do governo - como o
Ministério do Trabalho e Emprego, a Receita Federal, o Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) e o Ministério da Previdência. De acordo com professor de
contabilidade da Faculdade Mackenzie Rio, Edmilson Lins Machado, o programa do
eSOCIAL é importante e precisa estar muito bem alinhado entre os órgãos que o
compõem e as empresas, sejam elas pequenas, médias ou grandes.
"As empresas precisam começar a fazer o dever de casa.
Quem não cumprir com a exigência, ficará sujeita a multa. Com exceção das
grandes empresas, as pequenas e médias empresas não estão dando a devida
importância ou não estão tendo a orientação sobre a importância e os impactos
culturais que serão instituídos com a inserção do eSocial. É preciso ter o
envolvimento dos profissionais da área de Pessoal já que eles têm acesso direto
às informações”, explica.
Segundo ele, apesar de não haver novidade na introdução das
informações já que serão enviadas as que já estão disponíveis hoje, o que vai
ter de diferente será o envio desses dados.
“A nova forma de entrega de informações aos respectivos
órgãos, ou seja, informações para o Ministério do Trabalho, Caixa Econômica e
Receita Federal serão efetuadas através do arquivo XML. Com isso, cada evento
de admissão ou demissão implicará no envio de um arquivo novo, embora venha
sendo estudado a possibilidade do envio através de um lote, o que deverá
minimizar para alguns segmentos que têm uma grande rotatividade. Neste caso, o
RH será o mais afetado pela adoção do eSocial que vai mudar a forma como o RH
atua”, esclarece.
0 comentários:
Postar um comentário